sábado, 4 de junho de 2016

Criando o primeiro cartão no Anki

Olá.
Apenas para uma simples ilustração, e para já ter alguma coisa para testar o layout do Anki que eu montei, criei um cartão bem simples, com uma palavra que é muito fácil, e até engraçada de ensinar alguém: Koppu (コップ), que é simplesmente copo em japonês. Por se tratar de um objeto concreto, cuja assimilação da palavra em japonês com uma figura é direta, eu optei em não usar uma tradução no cartão. Outra hora eu posto alguma coisa dando a minha opinião sobre traduzir coisas ao estudar um outro idioma.
Para criar o cartão, eu abri o baralho que eu havia criado, chamado Nihongo, e cliquei em Adicionar.
Na janela de criação de cartões, no campo Frase, adicionei uma imagem 400x400 de um copo simples, como aparece na imagem abaixo:

No campo Significado, coloquei como se escreve a palavra em japonês. Devemos lembrar que por se tratar de uma palavra com raiz estrangeira, se escreve com katakana.
Para escrever com o teclado em japonês, depois de instalar ele no seu computador, para o Windows, apertamos alt + shift para mudar o idioma do teclado. Depois de mudar para o japonês, devemos verificar se o teclado está habilitado para usar o romaji, que é o alfabeto romano, como o que nós usamos normalmente, ou os kana. Se na sua barra de tarefas tiver um "A", basta clicar em cima dele para que ele altere para "あ", o que indica que ele está habilitado para o uso de kana.
Com o teclado configurado, basta escrever "koppu" e apertar a barra de espaços, para que o sistema selecione a forma mais conveniente de escrever a palavra em japonês.

Por fim, para poder ouvir como se pronuncia a palavra, eu adicionei um áudio do site forvo.
Basta criar uma conta para conseguir baixar o áudio. No próximo post eu explico como usar o forvo.
Para adicionar um áudio no cartão, clicamos no "clip" no topo da janela.

Selecionamos então o áudio baixado do forvo.


Com o áudio adicionado, basta clicar em adicionar. Para organizar melhor, tags podem ser adicionadas aos cartões, como "objeto", "substantivo", etc.

Com o cartão criado, quando você for revisar, ele deve aparecer assim:


Vocês ouvirão também a pronúncia adicionada.
Espero que este primeiro cartão seja de alguma ajuda e que motive um pouco a quem queira aprender alguma coisa de japonês!!

Até mais!

Começando pelo começo?? Escrita japonesa

Olá!

Como eu havia postado no primeiro post, este blog tem como objetivo ser um registro, ou pelo menos um futuro registro das coisas que eu vou fazendo para aprender japonês. Não tenho pressa nenhuma, mas admito que preciso dedicar um pouco mais nisso. Enfim.. pulando essa parte de dar desculpas como sempre, estava pensando sobre essa questão da escrita em japonês, pois eu já aprendi uma vez os alfabetos silábicos e seria um repeteco desnecessário para mim. No entanto, acho que vale comentar um pouco sobre eles, mesmo tendo diversos sites e blogs que já fazem isso, provavelmente, melhor do que eu. De quebra, contarei também como eu fiz para estudar os kana.

Acredito que todo estudante de japonês, incluindo aqueles que desistem logo no começo, sabem que se usam dois alfabetos fonéticos e os caracteres chamados de Kanji no idioma japonês. Acredito também que a maioria sabe que os alfabetos fonéticos, chamados de Hiragana e Katakana tem aplicações diferentes. A saber: Hiragana (ひらがな) é usado para expressar alguns substantivos (na maior parte dos casos é apenas uma simplificação para fugir do Kanji), alguns aspectos relacionados à gramática, como conjugação de verbos, adjetivos e as partículas, enquanto que o Katakana (カタカナ) é usado para escrever palavras que tem origem em outros idiomas fora do japonês e em onomatopeias, elementos muito presentes na língua japonesa. O Hiragana possui traços mais arredondados, com mais curvas, ao passo que o Katakana é um tanto mais quadrado e com poucas curvas (pelo menos para mim). 


Tabela de Hiragana (Fonte: Wikipedia).
Tabela de Katakana (Fonte: Wikipedia).
Para quem quer estudar os kanas, recomendo assistir os vídeos da Sarah Longatto, do canal Fale em Japonês. Os vídeos dela são bem explicados, e ela já ensina algumas palavras com as letras aprendidas. Ela tem um blog também e lá tem até exercícios, algum material que ela mesma fez. 

Vale ressaltar que no japonês não há todos os fonemas que temos no português. Por exemplo: O som de "L" não é falado como nós falamos no português, quando dizemos algo como "laranja". Nos casos como este, são feitas adaptações com os fonemas do japonês, o que torna as palavras estrangeiras, em especial as de origem inglesa, um tanto estranhas. Não vou comentar muito sobre pronúncia nesta postagem, mas há algumas palavras que valem a pena comentar um pouco:

Exemplo: São Paulo (san pauro) -サンパウロ (pronúncia). Este caso se escreve exclusivamente com Katakana por se tratar de um nome estrangeiro para o japonês. Note que não há o som de "ão" anasalado como temos no português, substituindo por um som mais direto, san, como um espanhol falando. Note também que o som de "L" em "Paulo" é um pouco diferente, puxando um pouco para um som de "R", como é dito em "barata".

Exemplo: Internet (Intaanetto) - インターネット(pronúncia). Neste exemplo, encontramos várias adaptações fonéticas. Primeiramente, a falta do "r", como diríamos em "porta" e "Carla", faz com que se prolongue a vogal "a", soando como "intaaaaaa....". Outro fato é que não há consoantes mudas no japonês. No português, pronunciamos consoantes mudas com um som próximo do "i" como acompanhamento. No japonês, a adpatação é feita usando ou "u" ou "o". Além disso, é feita uma pequena quebra no som, ficando algo como "intaaaané...to". Estes recursos, eu pretendo comentar sobre eles em outros posts.

Exemplo: Blog (Burogu) - ブログ(pronúncia). Obviamente, não poderia deixar este exemplo de fora! A falta do "L" e do fonema "bl" causa a adaptação como "burô", e, novamente, devido à presença de uma consoante muda, a adaptação é feita com a adição de um "u" no final.

Não comentarei sobre Kanji neste post, pois a tratativa é totalmente diferente do caso dos kanas.