Como eu havia postado no primeiro post, este blog tem como objetivo ser um registro, ou pelo menos um futuro registro das coisas que eu vou fazendo para aprender japonês. Não tenho pressa nenhuma, mas admito que preciso dedicar um pouco mais nisso. Enfim.. pulando essa parte de dar desculpas como sempre, estava pensando sobre essa questão da escrita em japonês, pois eu já aprendi uma vez os alfabetos silábicos e seria um repeteco desnecessário para mim. No entanto, acho que vale comentar um pouco sobre eles, mesmo tendo diversos sites e blogs que já fazem isso, provavelmente, melhor do que eu. De quebra, contarei também como eu fiz para estudar os kana.
Acredito que todo estudante de japonês, incluindo aqueles que desistem logo no começo, sabem que se usam dois alfabetos fonéticos e os caracteres chamados de Kanji no idioma japonês. Acredito também que a maioria sabe que os alfabetos fonéticos, chamados de Hiragana e Katakana tem aplicações diferentes. A saber: Hiragana (ひらがな) é usado para expressar alguns substantivos (na maior parte dos casos é apenas uma simplificação para fugir do Kanji), alguns aspectos relacionados à gramática, como conjugação de verbos, adjetivos e as partículas, enquanto que o Katakana (カタカナ) é usado para escrever palavras que tem origem em outros idiomas fora do japonês e em onomatopeias, elementos muito presentes na língua japonesa. O Hiragana possui traços mais arredondados, com mais curvas, ao passo que o Katakana é um tanto mais quadrado e com poucas curvas (pelo menos para mim).
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Tabela de Hiragana (Fonte: Wikipedia). |
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Tabela de Katakana (Fonte: Wikipedia). |
Vale ressaltar que no japonês não há todos os fonemas que temos no português. Por exemplo: O som de "L" não é falado como nós falamos no português, quando dizemos algo como "laranja". Nos casos como este, são feitas adaptações com os fonemas do japonês, o que torna as palavras estrangeiras, em especial as de origem inglesa, um tanto estranhas. Não vou comentar muito sobre pronúncia nesta postagem, mas há algumas palavras que valem a pena comentar um pouco:
Exemplo: São Paulo (san pauro) -サンパウロ (pronúncia). Este caso se escreve exclusivamente com Katakana por se tratar de um nome estrangeiro para o japonês. Note que não há o som de "ão" anasalado como temos no português, substituindo por um som mais direto, san, como um espanhol falando. Note também que o som de "L" em "Paulo" é um pouco diferente, puxando um pouco para um som de "R", como é dito em "barata".
Exemplo: Internet (Intaanetto) - インターネット(pronúncia). Neste exemplo, encontramos várias adaptações fonéticas. Primeiramente, a falta do "r", como diríamos em "porta" e "Carla", faz com que se prolongue a vogal "a", soando como "intaaaaaa....". Outro fato é que não há consoantes mudas no japonês. No português, pronunciamos consoantes mudas com um som próximo do "i" como acompanhamento. No japonês, a adpatação é feita usando ou "u" ou "o". Além disso, é feita uma pequena quebra no som, ficando algo como "intaaaané...to". Estes recursos, eu pretendo comentar sobre eles em outros posts.
Exemplo: Blog (Burogu) - ブログ(pronúncia). Obviamente, não poderia deixar este exemplo de fora! A falta do "L" e do fonema "bl" causa a adaptação como "burô", e, novamente, devido à presença de uma consoante muda, a adaptação é feita com a adição de um "u" no final.
Não comentarei sobre Kanji neste post, pois a tratativa é totalmente diferente do caso dos kanas.
Para estudar os kanas, eu utilizava um método que hoje eu já não acho que seja muito prático, mas que ainda muita gente usa: ficar escrevendo repetidamente as letras até decorá-las. Meus avós compravam aqueles cadernos quadriculados, daqueles pequenos de brochura, e eu escrevia os alfabetos na sequência, insistentemente, até que eles ficassem retidos na minha memória.
Era mais ou menos assim que eu estudava. (Fonte: Link) |
Este livro, por exemplo, o qual eu não sei ler o nome até hoje (vergonha!), mas que tem alguns elementos que eu entendo mais ou menos (漢字(Kanji) 読み(yomi, que é algo relacionado a leitura)書き(kaki, que é algo relacionado a escrita) e tem essa palavra no final que eu não sei como se fala, mas que pelos kanji é algo como "apostila para crianças" (字典)), utilizei ele para aprender a ordem dos traços do hiragana e katanaka. Ele é bem colorido, cheio de desenhos e com exemplos de palavras que utilizam as letras estudadas.
A foto abaixo mostra como ele é mais ou menos. Não é uma foto dele aberto, porque eu acabei me esquecendo de tirar antes de sair de casa, mas achei esta que é basicamente a mesma coisa.
Fonte: Link |
Outro livro que eu cheguei a usar é este:
Ele contém as explicações tanto em japonês quanto traduzidas para português e trabalha com 500 kanji. Ele tem exemplos e tudo mais.
Particularmente, eu não me senti muito motivado em continuar usando ele, por preguiça mesmo, mas não desmereço de modo algum este livro, pois ele me ajudou a aprender alguns kanji e a organizar um pouco, na época, como lidar com eles.
Enfim. Este post vai terminando aqui. Não consegui contribuir com muita informação interessante, mas fica ai meu relato. Até mais!
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